El pasado 27 de diciembre el prestigioso periódico Brasilero "Jornal do Brasil", publico un articulo especial sobre los nuevos lazos diplomáticos, comerciales y geopolíticos de Irán con los Países de América latina, por ello fui entrevistado por la columnista de la sección internacional del mismo, dando mi punto de vista sobre esta relación que se esta profundizando en la región, con Chavez, Correa y Brasil.
Lic. Carlos Pereyra Mele
Lic. Carlos Pereyra Mele
Jornal do Brasil
INTERNACIONAL
Irã estreita os laços com os países da América Latina
Marsílea Gombata, Jornal do Brasil
Irã estreita os laços com os países da América Latina
Marsílea Gombata, Jornal do Brasil
RIO - No processo em que os EUA deixam de ser uma potência hegemônica e abrem alas para o que sempre foi visto como seu quintal, os laços entre Irã e América Latina se intensificam. Avançando nas costumeiras relações econômicas com a Venezuela (na criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e Argentina (na compra de produtos agrícolas), o que é novo na política de Teerã para os países daqui é a nova atenção dada à América Latina como uma região e não apenas países isolados.
Desde a chegada do líder Mahmoud Ahmadinejad à Presidência, em 2005, as relações entre Irã e América Latina, especialmente com Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia, intensificaram-se notavelmente. Tanto o presidente iraniano quanto o ministro das Relações Exteriores Manouchehr Mottaki têm viajado em ocasiões diversas à região ou recebido líderes latino-americanos. Nas reuniões, marcadas por afinidade e projetos bilaterais, a lógica do "inimigo do meu inimigo é meu amigo" serve como pano de fundo para a aproximação.
– Por meios diversificados, as relações entre Irã e a região latino-americana estão aumentando – observa Tom Barry, analista do Programa das Américas do Centro para Política Internacional, em Washington. – Liderada pela Venezuela e Cuba, um número crescente de países olha para o Irã para reforçar a confrontação ideológica com os EUA, ao mesmo tempo em que constroem laços comerciais ou de investimento.
Em período de baixa econômica, países menos ideológicos como Brasil também tendem a incrementar os laços econômicos com o Irã, que busca uma influência política e econômica permanente no hemisfério.
A rota bolivariana aberta pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, propiciou que Teerã, em dois anos, apoiasse os programas de saúde da Bolívia, oferecendo-se a desenvolver a indústria farmacêutica do país, ou, ainda, se comprometesse a financiar a construção de 10 mil casas na Nicarágua.
Em julho do ano passado, por exemplo, acordou com Caracas o investimento de US$ 4 milhões na faixa petrolífera do Rio Orinoco, no sul da Venezuela. E não apenas o círculo bolivariano tem se mostrado interessado em reforçar os laços com o Irã. O chanceler brasileiro Celso Amorim convidou seu homólogo para visitar o Brasil.
– Uma nova circunstância na América Latina, marcada por governos mais de esquerda, tem dado ao Irã a oportunidade de atingir seu propósito de não ficar isolado – observa Farideh Farhi, especialista em Irã da Universidade do Havaí, em Manoa. – As relações são reflexos do desejo iraniano de encontrar aliados que também buscam ser players econômicos.
As atuais alianças políticas diferem das isoladas, como com a Argentina – antes do ataque terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994 – e têm se desenvolvido consistentemente com outros países como o Brasil. Hoje, somos o maior parceiro econômico do Irã na América Latina, numa dinâmica marcada pela absorção de 28,7% das nossas exportações à região em 2007. O Irã é o maior mercado brasileiro no Oriente Médio.
Em recente visita ao país do Oriente Médio, o presidente equatoriano, Rafael Correa, conseguiu a concessão de um crédito de US$ 120 milhões. Teerã haveria se comprometido também em colocar radares iranianos na fronteira do Equador com a Colômbia. A perspectiva, acredita Farideh, é que ajuda e investimentos iranianos tenham uma extensão significante junto a esses países menores da América do Sul.
- Os EUA continuam considerando a região latino-americana como seu quintal. Setores que representam as políticas americanas buscam difundir o perigo das relações do Irã com os países da América do Sul – observa o especialista em geopolítica sul-americana Carlos Pereyra Mele, de Córdoba, na Argentina.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/12/26/e261216653.html
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